A Polícia Civil de Goiás prendeu em flagrante, na segunda-feira (28), Roberto Cohen, de 56 anos, suspeito de praticar o crime de falsificação de documentos e símbolos públicos. O homem, que também responde como Zigmund Cohen, em suposta nacionalidade israelense, estabeleceu uma organização social em Caldas Novas.
O investigado tinha um estabelecimento cuja página na internet e placas no local apresentavam informações inverídicas e inconsistentes, o que levantou suspeitas da PCGO de que Cohen poderia estar falsificando documentos e praticando outros delitos.
Além da prisão, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão no local onde o suspeito morava e encontraram um simulacro de arma de fogo; fardamentos; brevês, um documento que atesta a qualificação determinada atividade, como pilotar aeronaves; e insígnias de missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU).
Também foram encontrados inúmeros diplomas de faculdades brasileiras e estrangeiras para cursos – inclusive de pós-doutorado (PhD) – nas áreas de medicina (neurocirurgia robótica, genética, medicina molecular, medicina preventiva etc), psicologia, farmácia, fisioterapia, direito, administração, física quântica e astrofísica; e diplomas com emblemas da Agência de Inteligência dos Estados Unidos, para cursos de contraterrorismo e inteligência internacional.
Os policial localizaram, também, diversos crachás, carteiras e identidades funcionais supostamente de autarquias federais, embaixadas, agências nacionais e internacionais, entidades eclesiásticas e outros órgãos.
Alguns desses documentos e objetos, que incluem, inclusive, um passaporte diplomático, estavam em português, em inglês e outros em hebraico, com os nomes Roberto e Zigmund Cohen. No local, os policiais encontraram cartões de visita do suspeito com a menção de escritórios localizados em Washington DC e Nova York.
O homem foi autuado por falsificação de documentos públicos e privados e uso indevido de marcas, logotipos e símbolos da Administração Pública e foi encaminhado ao presídio local. A investigação segue e busca identificar se há outros envolvidos nas fraude e se outros crimes foram praticados, como estelionato e exercício ilegal da medicina.
