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Censo 2022 revela mudanças na religiosidade do brasileiro: evangélicos crescem e católicos reduzem

Um recorte sobre a religiosidade revelado no Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (6), confirma que o catolicismo ainda predomina no Centro-Oeste brasileiro, e segue a tendência nacional. No entanto, os dados divulgados pelo IBGE mostram um cenário em transformação, com o declínio dos católicos no país e grande proporção de evangélicos no Centro-Oeste (31%). Em todo o Brasil, a religião católica passou de 65,1% em 2010 para 56,7% em 2022 — uma queda de 8,4 pontos percentuais.

Distribuição regional das religiões

O Censo aponta que o Catolicismo continuou sendo a religião predominante em todas as grandes regiões do Brasil em 2022, com maior concentração no Nordeste, com 63,9%, e no Sul, com 62,4%. Os evangélicos, por sua vez, apresentaram maior proporção no Norte, com 36,8%, e no Centro-Oeste, com 31,4%.

Já os espíritas se concentram mais no Sudeste, enquanto Umbanda e Candomblé crescem no Sul e Sudeste. A maior concentração de espíritas foi registrada no Sudeste com 2,7%, enquanto as religiões de matriz africana, Umbanda e Candomblé, tiveram maior presença no Sul com 1,6% e no Sudeste de 1,4%. O Sudeste também apresentou a maior proporção de pessoas sem religião, com 10,5%.

A região Centro-Oeste se insere na média nacional e segue a dinâmica de queda do catolicismo e avanço das denominações evangélicas e das declarações de ausência de religião. O Censo aponta que a pluralidade religiosa cresce, impulsionada por mudanças sociais, geração mais jovem e diversidade étnico-racial.

Catolicismo ainda lidera, mas perde espaço em todas as regiões

O Brasil segue majoritariamente católico, mas essa maioria vem diminuindo de forma contínua desde os primeiros censos com dados religiosos.

Em 2010, 65,1% da população com 10 anos ou mais se declarava católica apostólica romana. Doze anos depois, essa parcela caiu para 56,7% — cerca de 100,2 milhões de pessoas.

O maior índice de católicos foi registrado no Nordeste (63,9%), seguido do Sul (62,4%). A menor taxa apareceu no Norte (50,5%). O Piauí lidera entre os estados com maior proporção de católicos (77,4%), enquanto os menores índices foram encontrados em Roraima, Rio de Janeiro e Acre, todos abaixo dos 40%.

A religião Evangélica foi a que mais cresceu no Brasil entre os dois últimos censos. Em 2010, evangélicos eram 21,6% da população. Em 2022, passaram a representar 26,9% — ou 47,4 milhões de pessoas. A maior concentração está na Região Norte (36,8%), e a menor, no Nordeste (22,5%). O Acre lidera entre os estados (44,4%). Um dado que chama atenção é a juventude desse grupo: a maior proporção de evangélicos está entre adolescentes de 10 a 14 anos (31,6%), enquanto apenas 19% dos brasileiros com 80 anos ou mais se declaram evangélicos.

Sem religião: mais homens, mais jovens e mais presentes no Sudeste, mostra Censo 2022 do IBGE

O grupo de brasileiros que se declara sem religião cresceu de 7,9% em 2010 para 9,3% em 2022 — agora são 16,4 milhões de pessoas. A maioria é formada por homens (56,2%) e jovens: a faixa etária com maior presença de pessoas sem religião é a de 20 a 24 anos (14,3%).

A Região Sudeste lidera em proporção (10,6%), com destaque para Rio de Janeiro e Roraima no Norte, ambos com 16,9%. O perfil predominante desse grupo é pardo (45,1%) ou branco (39,2%). Entre os estados com menor proporção de pessoas sem religião estão Piauí, Ceará e Minas Gerais. O fenômeno tende a crescer com as novas gerações, refletindo maior distanciamento institucional e pluralismo religioso.

Umbanda, candomblé e outras religiões ganham visibilidade

Religiões de matriz africana como Umbanda, Candomblé e outras tradições ganharam espaço entre os censos. A Umbanda e o Candomblé, juntos, passaram de 0,3% para 1,0% da população. A maior proporção foi registrada no Sul (1,6%) e no Sudeste (1,4%), com destaque para o Rio Grande do Sul (3,2%).

Já outras religiosidades (como orientais e afro-brasileiras não especificadas) subiram de 2,7% para 4,0%. O Censo 2022 do IBGE também aprimorou a captação das crenças indígenas, que agora aparecem com mais detalhamento, incluindo rituais específicos. Em Roraima, 1,7% da população declarou seguir tradições indígenas.

Espíritas têm os maiores níveis de escolaridade

Entre os grupos religiosos, os espíritas apresentam os melhores indicadores educacionais. Do total de espíritas com 25 anos ou mais, 48% têm ensino superior completo — bem acima da média nacional (18,4%). Apenas 1% são analfabetos.

Em contraste, entre os católicos, 38% têm apenas ensino fundamental incompleto ou nenhum nível de instrução, e 7,8% são analfabetos — número influenciado pelo envelhecimento da população católica. O grupo com piores índices de alfabetização e escolaridade é o das tradições indígenas, onde mais da metade tem ensino fundamental incompleto e 24,6% são analfabetos.

Raça, cor e religião: diferentes recortes, múltiplas identidades

O Censo revelou ainda como as crenças se distribuem por cor ou raça:

  • Evangélicos são majoritariamente pardos (49,1%);
  • Católicos estão divididos entre brancos (60,2%) e pardos (32,4%);
  • Espíritas são em sua maioria brancos (63,8%).
  • A Umbanda e o Candomblé também têm predominância de pessoas brancas (42,7%), seguidas de pardas (26,3%).
  • Entre os sem religião, os maiores percentuais são pardos (45,1%) e brancos (39,2%).

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