
O valor da tarifa de ônibus do transporte coletivo de Goiânia e Região Metropolitana não sofrerá reajustes e se manterá em R$4,30. A informação foi confirmada pelo Presidente da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) e secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, em entrevista à jornalista Cileide Silva, no programa Chega pra Cá, do Jornal O Popular.
A discussão veio à tona após o aumento da tarifa técnica da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC) para a Agência Goiana de Regulação (AGR) ser publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), no último dia 14 de maio. Com o aumento, aprovado em reunião na Câmara Deliberativa de Transporte Coletivo (CDTC), o valor da tarifa técnica saiu de R$ 11,94 para R$ 12,51, representando um aumento de 4,73%, que deve ser custeado pelo estado e pelos municípios atendidos pela rede metropolitana de transporte coletivo (Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade e Goianira).
O aumento foi justificado pelos gastos com investimentos no transporte da capital, como a revitalização dos terminais, aquisição de novos ônibus para a frota e demais obras de infraestrutura. Com os custos, a tarifa técnica teve acréscimo de cerca R$ 2,11 por passageiro.
Apesar disso, Adriano ressaltou na entrevista que a tarifa será mantida, pois as melhorias, por si só, já serão suficientes para aumentar a capacidade de atendimento. “O posicionamento do Governo do Estado nisso é absolutamente taxativo. Nós não apoiaremos nenhum reajuste de tarifa para o usuário. A ideia é manter essa tarifa de R$4,30, porque essa revitalização toda do sistema que está sendo feita, ela vai trazer mais usuários”, explicou.
“Mantém a tarifa em R$4,30, mas como tem mais gente pagando R$ 4,30, esse volume alivia o subsídio indiretamente”, argumentou o presidente da CDTC.
De acordo com ele, o reajuste da tarifa técnica foi justificado por uma série de fatores: “o aumento da inflação, aumento de custo de combustível, salário de motoristas e outros itens de custo pressionam no sentido contrário. São medidas que, de um lado, elas pressionam o aumento da tarifa de remuneração, que reflete no subsídio, uma vez que a tarifa do usuário está congelada em R$ 4,30, e outros que pressionam na redução. Isso é uma conta que a gente vai fazendo continuamente ao longo do tempo”, salientou Adriano da Rocha Lima.
O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, reclamou publicamente do aumento e afirmou que a capital não tem como custear, e que o reajuste deveria ser de responsabilidade do Governo de Goiás. Segundo Adriano, as medidas para solucionar a questão ainda não foram oficialmente discutidas com a Prefeitura de Goiânia.
“Nós não tivemos essa conversa ainda entre o Executivo Estadual e o Executivo Municipal. É possível fazer isso e alongar, obviamente, esses prazos e com isso reduzir o valor do subsídio. Agora, existem outras medidas também”, disse o presidente da CDTC.
Adriano citou a metronização como uma das alternativas para reduzir os custos com a compra de novos ônibus. “Eu acho extremamente inteligente essa medida, porque o benefício que a gente tem com esse aumento da velocidade média, ele vai impactar em menos ônibus. Menos ônibus é menos investimento e menos custo também de manutenção, de combustível, de motoristas, etc.”, completou.
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